quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Review: Arcade Fire - The Suburbs


Bom, falando com sinceridade, desde a primeira vez que ouvi Arcade Fire no carro de um amigo lá para o final de 2004, era uma noite de sexta-feira se não me falha a memória. No álbum de estréia, Funeral, eles abordaram a necessidade de darmos o valor ao agora, pois o tempo não pára e pode ser que amanhã não possamos compartilhar a alegria de hoje. Já no Neon Bible a mensagem era mais direta, o mundo está em caos e estamos a um passo da decadência.

Voltando com o The Suburbs, como posso dizer, ele trouxe novamente a mágica para dentro dos corações, ele tem uma beleza única, de que podemos concretizar nossos ideais, mesmo que não sejamos mais adolescentes, mesmo que não seja da forma simples que víamos, pois a mágica esta na fé que temos e isso deve ficar bem marcado. Eu sou supeito, mas digo com sinceridade que esse álbum foi o primeiro de música realmente nova que me emocionou neste ano. Gostei muito de Ready to Start , Month of May e Suburban War, mas a música que ficou marcada na minha cabeça e eu num consigo parar de ouvir é Sprawl II (Mountains Beyond Mountains), principalmente após assitir a apresentaçao ao vivo no Madison Square Garden, que assim como Neighborhood #1 (Tunnels), ilustra muito bem o relacionamento entre o casal Win e Regine, que digo com plena certeza, e a força motriz da banda.

O disco inteiro é ótimo e recomendo uma boa audição dele, pois a mágica só aparece quando se ouve com carinho.



quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Ser e não ser?

Quando eu era criança, eu não sabia o que queria ser até os 9 anos de idade. Apenas uma vaga vontade de ser da Marinha (não daria certo.)
Até que aos 10 anos eu tive minha primeira aula de Ciências com o Prof. Edervel. Essa aula, como tantas outras dele, ficaram marcadas na minha memória até hoje e assim será para sempre. Com as aulas do Edervel na quinta série decidi que queria ser astrônoma. Comprei livros, comprei revistas, assistia documentários e tudo mais. Até que me disseram: tem muita física e cálculo! Desisti. Nunca fui boa de Exatas e apenas meu entusiasmo pela área nunca seria suficiente.
Da sétima série até o terceiro colegial meu sonho foi ser geóloga ou oceanógrafa. Por motivos maternais minha mamãe pediu para mim ficar por perto dela, então Oceanografia estava descartado por não ter como o curso ser oferecido aqui nas cidades vizinhas (porque será, né?).

Ao fim do terceiro colegial prestei Geografia na Unicamp. Faltou meio ponto para ir para a segunda fase. Fracassei. No ano seguinte fui questionada se era isso mesmo que eu queria e mais uma vez disse que sim, então minha mãe decidiu que pagaria um cursinho e que eu estudasse bastante. Estudei e na metade do ano minha irmã sugeriu que eu prestasse o vestibular da Fatec apenas para ver como estava meu nível. Era o último dia de inscrição e faltava apenas meia-hora para encerrar, quando minha irmã me inscreveu e perguntou "Qual curso? Têxtil ou Processamento de Dados?" ao que eu respondi "Têxtil, né". Ela ficou assustada e disse "Não, tenta Processamento de Dados" e pagamos a fatura online mesmo.
Eu fiquei me perguntando o que seria Processamento de Dados. Sério. Eu sabia que era algo relacionado à informática. Poxa, eu entendia o bastante para uma boa usuária, mas nunca para "entrar" dentro da alma de um computador. E só para deixar claro: sugeri Têxtil por minha mãe ter trabalhado a vida inteira na área e eu entender de algumas coisas.

Prestei o vestibular e adivinhem? Passei. Fiquei feliz porque isso provou que eu não era uma pessoa burra e incompetente como achava que era. E então achei que era só isso. Mas aí veio a pergunta cruel "Porque você não cursa?". Hã? Como? Eu fazendo um curso do qual não entendo bulhufas e ainda por cima da área de Exatas? Claro que não, continuarei fazendo cursinho. E continuei, porém... cursando a Fatec junto. Sim, minha irmã me convenceu. Danada.

Portanto era cursinho de manhã e Fatec à noite. Começou a ficar cansativo, e aquelas aulas de LTPI onde eu não entendia nada e o professor não explicava direito. MAT I onde a professora passava 9 lousas cheias de matéria, colocava medo nos alunos e explicava horrivelmente. Códigos binários? Vixi, aquela coisa não entrava na minha cabeça, assim como muitas linguagens de programação eu não consigo entender pelo fato do meu cérebro ter uma lógica totalmente diferente. Sendo assim, se você aprende de determinado jeito, eu provavelmente tenho que aprender de outro para assimilar a matéria.

O ano foi passando e aconteceu o que eu não queria: acabei não me dedicando totalmente à nenhum e bombei tanto no semestre da faculdade, quanto no vestibular da Unicamp denovo. Pelo mesmo meio ponto.

Isso ocasionou uma depressão em mim e perdi mais um semestre da faculdade, que continuei cursando. Depois disso pensei: Já que "tamo" aqui, vamos concluir. E cá estou eu, cursando Tecnologia em Processamento de Dados, atrasada um ano nas matérias, fazendo minha monografia e, se Deus quiser, no final de 2011 serei uma tecnóloga. Hoje vejo mais sentido em tudo na Informática, gosto, mas ainda não é o que quero.

A Fatec serviu para abrir meus horizontes e agregar conhecimentos que hoje em dia são obrigatórios para qualquer pessoa. A Fatec também me deu o Minoru de presente e ele me deu todo o apoio e amor que eu sempre quis. Mas se você me perguntar no que eu quero trabalhar, qual meu sonho... eles são bem diferente hoje do que já foram um dia.
E continuam confusos e longe do meu alcance. Mas estou me dirigindo à eles.

O que eu quero concluir com isso é: nós, dificilmente, somos o que queríamos ser quando crianças. O mundo e a vida são imprevisíveis e olha onde fui parar. Olhe onde você foi parar!

Mas o mais importante é que eu não queria me tornar uma adulta chata, e espero que isso eu continue mantendo dentro de mim. Espero que o mundo não roube isso de mim.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Arte vs Pessoas

Quando a fotografia analógica (filme) foi inventada em meados do final do século XIX as pessoas passaram a tratá-la como o "retrato fiel da realidade", a arte que substituiria a pintura por ser mais prática. Obviamente isso assustou e causou raiva nos pintores da época. Eles não aceitavam a fotografia como arte, para eles ela era o resultado da junção de produtos químicos. Mas a Academia de Artes aceitou a fotografia como arte.

Por décadas (quase um século) a fotografia foi tratada pelas pessoas como arte e ser fotógrafo era uma profissão nobre. Tirar fotos era algo pensado, afinal, os filmes determinavam quantas fotos poderiam ser tiradas e isso mantia o nível alto da qualidade das fotos. Os retratos de famílias, de civis e soldados nas guerras, de posses de presidentes... tudo era calculado para fotografar "aquele momento", entende? Aquela foto que você olha e pode sentir o que a pessoa retratada sentia, imaginar o que ela pensava ou até a dor que a tomava. Podemos observar também fotos de nossos tataravós, bisavós, tios, o sítio da família, a primeira casa, como eram as cidades antiamente e, principalmente, podemos ver felicidade no rosto de muitas pessoas. E não era falso. Naquela época, para uma mãe, era um privilégio ter uma fotografia com seus filhos ou marido. Naquela época, as pessoas ainda mantinham a idéia da fotografia como arte na mente.

No final dos anos 70 e começo dos anos 80, foi inventada a câmera digital, velha conhecida da atual geração. Com ela veio uma praticidade ainda maior de tirar fotografias. Você tira, vê como ficou na tela embutida e se gostou guarda, se não gostou apaga e tira outra. Simples. Mas foi esta praticidade que trouxe a câmera digital à banalização da qual ela se tornou hoje.

Não posso falar mal dessa tecnologia, pois eu sou a favor de quase todo tipo de tecnologia. Inclusive eu, como quase a maioria da humanidade, tenho uma câmera digital. As famílias adoraram, pois agora era possível tirar fotos sem um custo alto de cada passo dos filhos, registrando desde o nascimento até a adolescência para depois mostrar-lhes como eles evoluíram. E para os adolescentes é possível apagar as fotos na qual eles "ficaram feios" ou tem espinhas à mostra. Para cada lugar que eles vão, levam a câmera e registram todos os momentos com os amigos, onde vão, com quem, o que fizeram, tudo.

Eu não condeno esse tipo de prática, realmente é maravilhoso poder ter uma câmera na mão para registrar coisas que duram apenas segundos e merecem ser guardadas. O que acontece é que a fotografia como arte foi deixada de lado e foi criada uma linguagem visual totalmente nova e despretensiosa. Talvez a geração atual nem saiba que um dia a fotografia foi considerada uma arte. A maioria das pessoas não pensam que talvez apenas um olhar diferente para o mesmo clique que ela deu, possa modificar a mensagem da foto tirada e elevá-la à outro nível, dando uma recordação totalmente diferente e mais profunda ao específico momento.

Afinal, para mim, uma fotografia é algo que eu vá olhar daqui uns anos e querer sentir o mesmo que senti ao tirar aquela foto.

Isso tudo por causa a minha monografia. Eu me entrego demais à certas coisas. Por um lado é bom, por outro não.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

AMD's Revange


Bom, para marcar meu retorno nada melhor do que falar de algo que eu gosto muito, computadores. Gosto de como a tenologia aplicada a essas belezinhas se transforma ao longo do tempo. Bom, desde meu k6-2 meus computadores todos foram AMD, inclusive a unica exceção a regra foi meu ultimo computador no serviço, que era um P4, mas atualmente uso um Athlon X2.

Verdade seja dita sempre gostei da briga para se desenvolver tecnologias e quando a AMD conseguiu bater Intel eu esperava o troco e ele veio com a arquitetura Core. E verdade seja dita eles foram bons em fazer o jogo virar e num momento de fragilidade durante a fusão da AMD com a ATI, a Intel desferiu o fortissimo golpe chamado Core2 seguido de uma direita chamada Core i. 

Mas nesse meio tempo não somente a AMD estava estudando os movimentos da Intel, e preparando o terreno para o contra ataque, mas tbm contou com o desentendimento da Intel com a Nvidia, o que acabou por ajudar a chegarmos hoje num momento interessante : Hoje os notebooks intel que tem uma placa de video discreta em sua maior parte tem vindo com ATI, mas essa não é a situação mais interessante.  Recentemente a Lenovo lançou o Think Pad Edge, o primeiro tp que é impulsionado por um processador AMD, a Sony volta, depois de um hiato de 6 anos, a vender Vaio com processadores AMD, só isso para mim é um sinal muito importante de que ambas estão preparando o terreno para uma certa transformação.  

A alguns meses ouvi alguns boatos sobre a AMD negociando com a Apple e a poucos dias atras eu percebi do qeu se tratava a negocição, que soou uma boa reaproximação, afinal de contas, os iMacs e os MacPros pasaram a vir com ATI novamente ao inves de manter com a Nvidia como vinha sendo feito na linha toda. Posso estar enganado, mas para mim a AMD tah bem preparada para dar um troco que, se der certo vai tornar a briga bem interessante novamente ^^

Go Fusion, Go!!!